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Divulgação

Apesar da licitação de mais de 2 milhões de reais que a prefeitura de Itaquiraí realizou em 2022, a secretaria de saúde alerta para a possível falta de medicamentos na rede pública. A escassez de medicamentos e o aumento no número de casos de Covid-19 em países como China e Índia e a guerra entre Rússia e Ucrânia, colocaram vários países em alerta, entre eles o Brasil.

Diversos município do país já começaram a sentir o desabastecimento nas farmácias públicas, privadas e hospitais. Com a dificuldade de importar os insumos as indústrias farmacêuticas não conseguem atender as demandas para abastecimento dos estados e municípios.

“Mesmo com os recursos garantidos, hoje estamos com muitas dificuldades para abastecer a nossa farmácia municipal. A falta de medicamentos que assola o país atinge desde a rede pública até a rede privada e hospitais. Há poucos meses atrás, fizemos uma licitação de mais de 2 milhões reais, diversos medicamentos fracassaram ou ficaram desertos, isso significa que, não houve interesse de nenhuma empresa em participar devido à falta dos produtos ”, disse o prefeito de Itaquiraí.

De acordo com o Conselho Federal de Farmácia (CFF), o desabastecimento de medicamentos essenciais é causado por diversos fatores: descontinuidade da produção de alguns fármacos pela indústria para priorizar medicamentos com maior demanda gerada pela pandemia de Covid-19; disseminação de epidemias, notadamente de síndromes respiratórias e doenças virais; falta de matéria-prima, em decorrência da guerra na Ucrânia e do lockdown na China, que impacta tanto a fabricação do ingrediente farmacêutico ativo (IFA), quanto a chegada ao país dos estoques já adquiridos, parados na origem pelo fechamento dos portos chineses; e a necessidade de substituir os medicamentos em falta, o que gera um efeito cascata, dificultando o acesso aos fármacos que substituem aqueles com o abastecimento mais crítico.

Ainda segundo Thalles: “O grande problema é a falta de matéria-prima nas indústrias farmacêuticas devido a pandemia do coronavírus. Aproximadamente 90% dos insumos vem da China e Índia, países que enfrentam um novo surto de covid-19. A maioria dos municípios brasileiros estão passando pela mesma situação. Estamos buscando alternativas que amenizem os prejuízos que ainda estão sendo causados pela pandemia”, finalizou Thalles.